Os anos 30 ficam marcados por duas grandes correntes do Jazz. Por um lado a valorização do solista, nascida nos registos de Louis Armstrong. Por outro lado, temos as grandes orquestras alicerçadas num contributo colectivo e cooperativo.
Mas as novas tendências de Armstrong obrigam as grandes orquestras a repensar o seu funcionamento, perante a nova realidade.
Havia que conciliar a grande orquestra com o grande solista. Daí, que os chefes das grandes orquestras tentassem que estas reproduzissem um som colectivo mas estruturado em roda de uma personalidade, de um instrumento, adquirindo um som próprio, personalizado.
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Uma orquestra que funcionava como um autêntico instrumento nas mãos do "Duke". Excepcionais músicos que gravitavam em redor de uma fortíssima personalidade e que, mais tarde, em formações de menor dimensão, puderam explanar toda a influência que Duke Ellington exercera sobre eles.
Mas nem só de músicos negros vivia o Jazz; antes pelo contrário!
Numa sociedade ainda demasiado segregadora, eram os músicos brancosquem
ganhava dinheiro e conseguia o êxito imediato. Não será
exagero afirmar que, enquanto os negros inovavam e criavam, remetidos para
os bastidores do "melieu", os brancos reproduziam e "recebiam".
Uma das personalidades mais marcantes na mudança deste cenário
foi, sem dúvida, Benny Goodman.
Extraordinário clarinetista, alcança um sucesso tão
retumbante com a sua orquestra que se permite romper com o "statu quo"
vigente. Apresenta-se em pequenas formações mistas que incluíam
músicos como o baterista Gene Krupa ou o vibrafonista Lionel
Hampton.
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Deixam-nos também grandes orquestras da época, Glenn Miller,
Bob
Crosby, Artie Shaw, etc.
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Mas nem tudo eram rosas no mundo do Jazz. A estética e o equilíbrio
patenteados nas actuações disfarçavam um desespero
e sentimento de autodestruição existente em muitos músicos
desses anos.
Lester
Young e Billie Holiday são dois casos exemplares dessa
frustração, falecidos ainda jovens, perdidos num mar de droga
e álcool...
Outros solistas importantes desta década são os pianistas. Intérpretes do "instrumento completo" resplandecem com tanto vigor como qualquer agrupamento estruturado e colectivo. Fats Waller ou Art Tatum, por exemplo, demonstram-no em variadíssimos registos. |
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