“Os Anos Vinte... “

            No princípio dos anos vinte, os músicos começam a deslocar-se, gradualmente, de New Orleans para Chicago.
 
            Chicago fervilhava de acção; os gangs proliferavam, a "lei seca" estava no seu auge.

            Estes factores, só por si, já eram suficientes para potenciar uma vida nocturna de grande intensidade. Os bares nocturnos multiplicavam-se e, naturalmente, não viviam sem música e espectáculos.

            Simultaneamente, a indústria discográfica começa a dar os seus primeiros passos de uma forma sólida, contribuindo, também ela, para uma arrancada triunfante do Jazz.  

           É nesta altura que desponta aquele que se tornaria um ícone da História do Jazz:
           Daniel Louis Armstrong.

           Esta década apresenta-nos, então, Chicago como a mais evidente capital do Jazz.


 

            E é também nesta fase que os brancos descem às profundezas do Jazz, assimilando todas as sonoridades dos músicos negros. Esta simbiose vair dar início a uma nova sonoridade muito específica dos músicos de Chicago.
 

            No entanto, sendo a mais importante, não era a única cidade por onde o Jazz se espalhava.

            Detroit, Kansas City, New York ou Springfield, eram cidades onde encontramos também, uma forte imposição da música Jazz.
 

 

            E é exactamente em New York que aparece em plêna década de vinte, outro dos grandes ícones da História do Jazz:
           Edward Kennedy (Duke) Ellington.

           Começando por actuar na Broadway, em 1927 estreia-se no famoso Cotton Club substituindo King Oliver, onde acaba por se instalar durante vários anos.

           Alguns outros nomes surpreendentes deste decénio são, por exemplo, Fletcher Henderson (líder de uma orquestra absolutamente marcante neste período), Ben Webster ou Coleman Hawkins que, curiosamente, fizeram parte desta mesma orquestra, ao lado de Louis Armstrong.

 

            As gravações de Louis Armstrong "Hot Five" e "Hot Seven" no final desta década, tornam-se um marco na História do Jazz.

            A valorização do solo, torna estes registos tão peculiares, que não havia na época músico que não passasse horas a fio a ouvi-los.

 


             Em 1929, quando rebenta a famosa crisa, a vida americana é profundamente alterada, sendo os músicos de Jazz aqueles que mais sentirão na pele essa alteração. O jazz salta fronteiras e espraia-se pela Europa.

            São vários os músicos de Jazz que se deslocam à Europa (Sidney Bechet, Coleman Hawkins, Bill Coleman, etc), tornando definitivamente o Jazz, como uma forma de arte universal.